
por Josélia Pegorim
Grandes áreas de instabilidade persistem sobre o Sul do Brasil e também se formaram no sul de São Paulo espalhando muita nebulosidade e provocando chuva frequente, por vezes de forte intensidade. Estas áreas de instabilidade estão associadas a lenta passagem de um cavado sobre o Sul do Brasil.
Embora haja condições para chuva forte em todos os estados do Sul e em São Paulo, há uma preocupação especial com a chuva volumosa e persistente que acontece no litoral de Santa Catarina, em áreas do Vale do Itajaí, no litoral do Paraná e também no sul de São Paulo.
Além do cavado, uma circulação marítima (ventos do mar para o continente) gerada por um centro de alta pressão atmosférica sobre o mar injeta muita umidade nestas áreas e colabora para manter as condições de chuva. É como jogar mais água sobre áreas que já estão muito molhadas. Esta circulação da alta pressão alimenta as nuvens com mais umidade, o que gera mais chuva.
O infográfico ajuda você a entender melhor a circulação dos ventos que faz com que toda a região entre o litoral de Santa Catarina e o sul de São Paulo fique sobrecarregado de umidade.
Por causa do grande volume de chuva já acumulado em janeiro e desta situação de chuva persistente nos próximos dias, é alto o risco de alagamentos e deslizamento de terra.
Mas quando a chuva vai parar? A chuva só vai diminuir quando o cavado sair do Sul do Brasil. A previsão é que isto aconteça só durante a sexta-feira, 3 de fevereiro. A chuva não para completamente, mas diminui e deixa de ser persistente. A chuva continua, persistente, que acumula grandes volumes, deve continuar até pelo menos a quinta-feira, 2 de fevereiro.