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Temporais provocam 2,9 mil quedas de raios em 46 dias, em Campinas


Número se refere a período entre 1º de janeiro e 15 de fevereiro.

Dados do Elat (Inpe) mostram média diária de 64 raios na cidade.



Desde que 2017 começou, a cidade de Campinas (SP) tem sido atingida mais por chuvas e temporais localizados do que por períodos longos de precipitações. Junto com esse cenário, a incidência de raios no município se destaca, frente a outras cidades grandes, como Piracicaba (SP) e Limeira (SP). Dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, de 1º de janeiro a 15 de fevereiro, foram 2.958 raios em Campinas.


O número equivale a uma média diária de 64 raios. A maioria pôde ser vista nos céus da cidade em dias mais quente e com umidade alta, quando também ocorrem os temporais. Mesmo assim, fevereiro teve a metade da chuva esperada para o mês. Já janeiro foi o mais chuvoso dos últimos seis anos.


Para o pesquisador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp, Hilton Silveira Pinto, os raios são mais comuns nessa época do ano devido ao calor que se "acumula" no solo.


"A origem da formação dos raios é o aquecimento muito grande que você tem na superfície.Aquecimento do solo, subido do ar quente, formação das nuvens e formação dos raios ", afirma o pesquisador. Ele também alerta para os riscos, já que as descargas elétricas podem matar.


Em Piracicaba, foram registrados 1.988 raios, até 15 de fevereiro, e em Limeira foram 1.516 raios, segundo o Elat.



Curiosidades sobre os raios


Os raios são descargas elétricas de grande intensidade - cerca de mil vezes a intensidade de um chuveiro elétrico. As descargas conectam o solo e as nuvens de tempestade que estão na atmosfera.


Em geral o raio tem duração de até um segundo. Mas, a descarga elétrica é bem mais rápida, dura frações de milésimos de segundos, de acordo com o Elat.


Para saber a distância aproximada, em quilômetros, da queda de um raio em relação ao local onde uma pessoa está, basta contar o tempo em segundos entre o momento em que se vê o raio e se escuta o trovão. O total de segundos deve ser dividido por 3 para se chegar à distância.


Os raios se diferem dos relâmpagos. O primeiro só é contabilizado quando toca o solo, e o segundo se refere a todas as descargas elétricas, sejam as que ocorrem entre nuvens e também as que tocam o chão.


Já o som do trovão é resultado da junção do aquecimento e a expansão do ar na região da atmosfera onde a corrente elétrica do raio circula. Há um limite, no entanto, para se ouvir o barulho. Segundo o Elat, se o raio cair a uma distância maior que 20 quilômetros, o trovão dificilmente poderá ser ouvido.


Um trovão intenso pode alcançar 120 decibéis, mesma intensidade de um show de rock quando se está na primeira fileira da plateia. Em geral, ele é inofensivo, mas o raio, este sim, pode representar risco de morte. O deslocamento do ar no local da queda pode derrubar uma pessoa que esteja perto, podendo matá-la.


Fonte: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2017/02/temporais-provocam-29-mil-quedas-de-raios-em-46-dias-em-campinas.html


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