Estudo sobre mudanças climáticas foi apresentado nesta segunda-feira (5). Na cidade do Rio, patrimônio imobiliário em risco foi estimado em R$ 124 bilhões.

O estudo do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas traz um perfil da vulnerabilidade das cidades costeiras brasileiras diante de eventos climáticos que preocupam os cientistas. O relatório mostra que das 42 regiões metropolitanas brasileiras, 18 estão na zona costeira ou são, diretamente, influenciadas por ela.
Ao todo, 60% dos brasileiros habitam as faixas costeiras que têm 8 mil quilômetros de extensão. Segundo o estudo, as projeções mostram um aumento no nível do mar, entre 20 e 30 cm até o ano de 2100.
Em alguns lugares, esse nível acontece antes do ano de 2100 e esse aumento do nível médio do mar coloca em risco casas, escolas, além de populações que moram em áreas de risco, isso porque a elevação do nível do mar está relacionada também a outros fenômenos, como por exemplo o aumento da temperatura, dos extremos de chuva, enchentes, inundações e também secas.
As cidades litorâneas, que vão do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Norte, foram identificadas como algumas das mais vulneráveis a todos os tipos de perigos.
No Rio de Janeiro, por exemplo, a Ilha do Fundão, onde fica a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e o Aeroporto Santos Dumont são os lugares mais vulneráveis, segundo esse estudo. Apenas na cidade do Rio, o patrimônio imobiliário em risco foi estimado em R$ 124 bilhões.
“Eu acho que na cidade do Rio de Janeiro, o que está mais vulnerável são as populações que moram nessas áreas que são muito precárias. Em encostas de morro que a gente vê nas favelas, que não têm menor proteção. Quando a gente está falando de aumento de nível do mar, aumento de temperatura, aumento de tempestade, essa população está vivendo numa área de enorme risco", explicou a presidente do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas.
Fonte: https://goo.gl/Jthzc8