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Cientistas descobrem nova forma de transformar luz do sol em energia


Pesquisa dá mais um passo em direção ao sucesso da fotossíntese semiartificial


Por Luiza Monteiro

Superinteressante



Nos livros de biologia do futuro, a fotossíntese não será explicada apenas a partir do mecanismo natural, em que as plantas convertem a luz do sol em material orgânico para sua sobrevivência. No que depender dos cientistas de hoje, o processo poderá ser feito de maneira artificial – pelo menos parcialmente.


Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, conseguiram, pela primeira vez, realizar uma parte da fotossíntese com tecnologias que não vieram da natureza. O foco dos estudiosos foi a fotólise da água, em que a planta, com a ajuda da clorofila, usa a energia luminosa para separar os átomos que compõem a molécula de H2O.


O objetivo de tornar artificial esse processo é usar o hidrogênio como uma fonte de energia limpa e renovável. E os estudiosos de Cambridge foram bem-sucedidos, já que conseguiram, em laboratório, intensificar a absorção de luz solar e também aumentar a produção e o estoque energético.


Para isso, eles usaram uma enzima chamada hidrogenase, que está presente em algas, por exemplo, e que tem a capacidade de utilizar hidrogênio para produzir energia – função que não acontece mais na natureza. “Ao longo da evolução, ela foi desativada porque não era mais necessária à sobrevivência. Mas nós conseguimos contornar essa inatividade para alcançar a reação que queríamos – separar as moléculas de hidrogênio e oxigênio da água”, diz, em nota à imprensa, Katarzyna Sokół, principal autora do artigo.


Tornar a fotossíntese artificial não é uma ideia nova, mas a ciência ainda não teve sucesso em usar esse recurso para energias renováveis. Segundo os pesquisadores de Cambridge, os catalisadores usados atualmente são caros e, muitas vezes, tóxicos, o que impede que sejam replicados em escala industrial. Por isso, esse novo estudo é tão promissor. “O trabalho abre uma caixa de ferramentas para o desenvolvimento de futuros sistemas de conversão da energia solar”, defende Erwin Reisner, que também participou da investigação.


Fonte: https://goo.gl/Fk89Lg


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