Equipamentos e softwares custaram R$ 5,5 milhões e foram financiados pelo Banco Mundial. Perspectiva é de melhora na previsão do tempo e no monitoramento de chuvas no estado.

A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), começou a instalar no estado 14 estações meteorológicas automáticas e 100 telepluviômetros , que vão monitorar variáveis como temperatura, umidade do ar, vento, pressão atmosférica, radiação solar, umidade do solo, temperatura do solo e quantidade chuva em todas as regiões do estado.
O primeiro equipamento já teve a instalação concluída no Centro de Treinamento da Emater/RN (Cetern), em São José de Mipibu, na região metropolitana da capital potiguar. As estações fazem parte de um projeto de modernização da meteorologia potiguar, que teve financiamento de R$ 5,5 milhões do Banco Mundial para compra de esquipamentos e desenvolvimento de softwares.
Segundo a Emparn, as medições serão feitas de hora em hora e transmitidas online para o servidor da estatal. As informações serão utilizadas tanto para divulgação para a sociedade e a perspectiva é de que haja melhora na previsão do tempo e no monitoramento de chuvas, que devem podem ajudar na geração de produtos voltados para a agricultura, pecuária e turismo.
"A partir dessas informações, por exemplo, vai ser possível melhorar o zoneamento e monitoramento agrícola, o que dará mais segurança aos agricultores, principalmente na hora de escolher a hora e a cultura agrícola que vai plantar em sua propriedade. O monitoramento climático mais eficaz possibilita ainda auxiliar na gestão dos recursos hídricos do Estado", informou a empresa.

Monitoramento melhorado
O "Projeto de Ampliação e Modernização do Monitoramento Hidrometeorológico, Climático e Agrometeorológico do Rio Grande do Norte” foi desenvolvido pela gerência de Meteorologia da Emparn em 2016. Quando ele estiver em plena execução, serão 100 pluviômetros automáticos, 23 estações automáticas (15 novas e 8 que já existem e passarão por manutenção), além dos 200 pluviômetros convencionais já em uso.
Atualmente, no estado, o monitoramento das chuvas é feito por observadores voluntários, que medem os dados dos pluviômetros e eviam para a Emparn, via telefone, de segunda a sexta. Os responsáveis consideram que o processo é lento e apresenta falhas, que serão resolvidas com o monitoramento automático. Com a reestruturação do processamento de dados, a previsão do tempo também deve ser melhorada, já que vai ter à disposição modelos mais avançados atendendo todos os municípios.
De acordo com a Emparn, o fortalecimento da estrutura de coleta e processamento de dados meteorológicos vai gerar informação que poderão orientar para tomada de decisões em intervenções técnicas nos diversos setores produtivos, evitando prejuízos devido à ocorrência de eventos climáticos extremos como secas e enchentes, entre outros.
"Esse é o começo para colocar definitivamente a Meteorologia do Rio Grande do Norte em um patamar superior em termos de gerenciamentos pluviométrico, climático e agroclimatológico”, considera o gerente de meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot.
Fonte: https://goo.gl/ja8L3T