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Novo relatório climático do IPCC diz que 'mudanças sem precedentes' são necessárias para lim


Relatório foi aprovado pela comunidade internacional apesar de forte oposição saudita.


Novo relatório climático do IPCC diz que 'mudanças sem precedentes' são necessárias para limitar aquecimento a 1,5º C

Limitar o aumento médio da temperatura global a 1,5 grau Celsius exige "mudanças sem precedentes" em nível global, alerta o novo relatório apresentado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) neste domingo (7).


O documento afirma que restringir o "aquecimento global a 1,5 ºC", uma barreira que se acredita que pode ser superada entre 2030 e 2052, "exigiria mudanças rápidas, abrangentes e sem precedentes em todos os aspectos da sociedade", do consumo de energia ao planejamento urbano e territorial, com muito mais reduções de emissões de gases estufa.


O relatório, aprovado em Incheon, na Coreia do Sul, examina maneiras de limitar o aquecimento a 1,5ºC em vez de 2ºC, como estabelecido no Acordo Climático de Paris, e adverte que os efeitos para os ecossistemas e a vida no planeta será muito menos catastrófica se esta barreira mais ambiciosa for mantida.


A aprovação do relatório pela comunidade internacional veio apesar da resistência saudita. A reunião a portas fechadas do IPCC, que começou na segunda-feira em Incheon (Coreia do Sul), se estendeu um dia a mais que o previsto e, nas últimas horas, se concentrou em resolver a oposição de Riad, segundo relataram vários participantes.


No relatório, cujo resumo de 20 páginas foi aprovado por consenso, os cientistas descrevem com base em 6.000 estudos a grande diferença dos impactos entre um aumento de temperaturas de +1,5ºC e de +2ºC.


E eles listam as diferentes alternativas, que primeiro passam por uma redução maciça das emissões de gases de efeito estufa (atualmente fruto em três quartos dos combustíveis fósseis).


Oposição saudita


A Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, se opôs, segundo vários participantes, a um capítulo que lembra a insuficiência geral de compromissos de redução de emissões acordados em Paris para manter o aumento de temperatura a 1,5ºC.


Antes de "finalmente levantar o bloqueio", disse um observador que pediu anonimato.


No passado, Riad muitas vezes se opôs à ação da ONU contra o aquecimento global, seja em relatórios do IPCC ou em negociações para chegar a um acordo sobre reduções de emissões.


E embora no final de 2015 o reino tenha adotado o Acordo de Paris, que visa colocar o planeta "bem abaixo de 2°C", ele se opôs ao 1,5°C solicitado pelos Estados mais vulneráveis.


Fonte: https://goo.gl/AjiALK



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