Aquecimento dos oceanos causará impacto por milênios, diz órgão meteorológico da ONU
- Tempo de Aprender em Clima de Ensinar
- 27 de mar.
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Por G1 Meio Ambiente

O ano de 2024 registrou um aumento histórico na temperatura global, com médias anuais 1,55°C acima dos níveis pré-industriais, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Esse aquecimento intensificou a perda de gelo marinho e o aumento do nível do mar, aproximando o mundo do limite de 1,5°C estabelecido pelo Acordo de Paris. Projeções indicam que os impactos nos oceanos, incluindo o aquecimento contínuo e a acidificação, devem persistir por séculos ou até milênios, independentemente das futuras reduções de emissões de carbono.
Além do aumento da temperatura, mudanças irreversíveis no equilíbrio químico dos oceanos preocupam cientistas, especialmente a acidificação das águas profundas, que pode comprometer ecossistemas marinhos por séculos. Embora o limiar do Acordo de Paris ainda não tenha sido oficialmente ultrapassado, as margens de erro dos dados não descartam essa possibilidade. Outros fatores naturais, como ciclos solares, erupções vulcânicas e a redução de aerossóis, podem ter contribuído para o aquecimento acelerado observado em 2024.
As consequências desse aquecimento já são sentidas globalmente, com eventos climáticos extremos como secas, incêndios e inundações forçando o deslocamento de 800 mil pessoas, um recorde desde 2008. O calor oceânico atingiu o nível mais alto já registrado, e o derretimento acelerado das geleiras elevou o nível do mar a uma taxa alarmante. Cientistas alertam que mudanças no Ártico e na Antártida podem impactar a circulação oceânica global, afetando padrões climáticos em todo o planeta.
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