Brasil teve 10 eventos climáticos extremos em 2024
- Tempo de Aprender em Clima de Ensinar
- 11 de abr.
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Fonte: ONU News

Em 2024, a América Latina e o Caribe foram duramente impactados por eventos climáticos extremos, como incêndios florestais, inundações e furacões sem precedentes, de acordo com relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Um dos episódios mais marcantes foi o furacão Beryl, o primeiro de categoria 5 da região, que devastou ilhas do Caribe. No Brasil, ocorreram 10 eventos extremos, entre eles as enchentes no Rio Grande do Sul, a seca histórica na Amazônia e uma onda de calor intensa no centro do país. As chuvas no sul do Brasil causaram prejuízos agrícolas estimados em R$ 8,5 bilhões e afetaram mais de 90% do território gaúcho.
A seca severa na bacia amazônica e no Pantanal intensificou os incêndios florestais e afetou diretamente milhares de pessoas. No Amazonas, os níveis dos rios despencaram, afetando o abastecimento e a pesca, enquanto o Pantanal viveu sua pior seca em 70 anos. As ondas de calor entre agosto e setembro provocaram temperaturas até 7 °C acima do normal, com recordes como os 42,2 °C em Cuiabá. Esses extremos evidenciam a vulnerabilidade do país diante das mudanças climáticas e a necessidade urgente de estratégias de adaptação e mitigação.
O derretimento de geleiras foi outro destaque preocupante do relatório. A última geleira da Venezuela desapareceu, tornando o país um dos poucos no mundo sem nenhuma geleira restante. Geleiras na Colômbia e Argentina também foram declaradas extintas. A análise da OMM revela que os Andes perderam 25% de sua cobertura de gelo desde o século 19, com geleiras tropicais derretendo dez vezes mais rápido do que a média global. Esse derretimento representa uma ameaça direta ao abastecimento de água para milhões de pessoas na América do Sul, tornando a crise climática uma prioridade cada vez mais urgente.
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