Fonte: G1 Meio Ambiente

Ciclone extratropical visto via satélite. — Foto: Reprodução/Regional and Mesoscale Meteorology Branch
Um novo ciclone extratropical trouxe ventos de mais de 100 km/h a cidades do Rio Grande do Sul, destacando a influência crescente desse fenômeno na região Sul do Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ciclones extratropicais são sistemas de baixa pressão atmosférica que se formam nas latitudes médias e estão associados a frentes frias. Eles puxam ar quente e úmido para cima, gerando grandes áreas de nuvens e chuvas intensas. Tipos de ciclones incluem os tropicais, extratropicais e subtropicais, que variam conforme as condições de temperatura e a localização.
Embora comuns nesta época do ano, a frequência dos ciclones extratropicais no Sul do Brasil vem aumentando devido ao aquecimento global e às mudanças climáticas, especialmente em períodos influenciados pelo fenômeno El Niño, que aumenta as temperaturas e intensifica esses eventos. De acordo com meteorologistas, os ciclones extratropicais estão mais intensos e regulares, criando mais episódios de tempo extremo, como chuvas fortes e tempestades de vento, além de períodos de seca e ondas de calor em outras regiões.
Especialistas apontam que esses eventos extremos estão diretamente ligados às mudanças climáticas, conforme avaliado por organizações como o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). O aumento das temperaturas globais gera condições para eventos meteorológicos cada vez mais intensos, tornando essencial a adoção de soluções para mitigar seus impactos, como barragens para conter o nível do mar e estratégias de preparação para temporadas de chuvas intensas, ajudando a reduzir a vulnerabilidade das comunidades frente à crise climática.
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