
O Svalbard Global Seed Vault, conhecido como “Cofre do Fim do Mundo”, receberá nesta terça-feira (25) mais de 14 mil novas amostras de sementes de 21 bancos de genes ao redor do mundo, reforçando seu papel na preservação da biodiversidade agrícola. Localizado em uma montanha na Noruega, o cofre serve como um backup global para garantir a segurança alimentar diante de desastres naturais e conflitos. A iniciativa é apoiada pelo Crop Trust, que destaca a importância da conservação genética para enfrentar desafios como as mudanças climáticas e crises geopolíticas.
Entre os depósitos mais significativos, estão sementes do Sudão, incluindo variedades de sorgo, essenciais para a segurança alimentar do país, especialmente diante dos conflitos que interromperam a agricultura local. O Brasil também contribui com mais de 3.000 variedades de arroz, feijão e milho, enquanto o Malawi deposita seus “feijões de veludo”, valorizados tanto pela sua importância agrícola quanto medicinal. As Filipinas, outro país vulnerável a crises, enviam sementes de diversas culturas para preservar sua riqueza genética e garantir a resiliência agrícola.
Os especialistas enfatizam que a diversidade de culturas é essencial para reduzir o risco de crises alimentares e proteger a segurança alimentar global. Além de conservar os genes para futuras melhorias agrícolas, as sementes representam o conhecimento e a cultura das comunidades que as cultivam. Segundo o diretor executivo do Crop Trust, Stefan Schmitz, proteger essa diversidade é fundamental para garantir a sobrevivência das futuras gerações diante dos desafios ambientais e sociais.
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