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Como Brasil pretende dar as cartas à frente da COP30

Por DW


Foto: Pexels
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O Brasil busca mobilizar a atenção global para a COP30, que ocorrerá em novembro de 2025 em Belém, Pará, apesar das tensões geopolíticas e das guerras em andamento. A diplomacia brasileira propõe um "mutirão global" para reverter a crise climática e transformar a conferência em um marco de implementação de políticas climáticas eficazes. No entanto, a ausência de compromisso dos Estados Unidos, especialmente com a possibilidade de um novo governo Trump, gera incertezas sobre a cooperação internacional. Ainda assim, a presidência da COP promete transparência e um processo sem surpresas, enfatizando a necessidade de esforços coletivos além dos tratados formais.


A conferência acontecerá em um momento crucial, quando os países precisam atualizar suas metas climáticas no âmbito do Acordo de Paris. Poucos governos apresentaram novos compromissos dentro do prazo, mas a expectativa é que a maioria o faça até o final de 2025. A presidência brasileira pretende fortalecer o multilateralismo e aproximar a discussão climática das esferas política e econômica, para garantir que as decisões tenham impacto concreto. Além disso, a sociedade civil terá um papel mais ativo do que nas edições anteriores, especialmente os povos indígenas, que reivindicam maior protagonismo e acesso direto a recursos internacionais para enfrentar as mudanças climáticas.


Uma lacuna importante no documento brasileiro é a ausência da discussão sobre o abandono dos combustíveis fósseis, principal fator do aquecimento global. O tema foi mencionado na COP de Dubai, mas sem medidas concretas, e há dúvidas se o Brasil trará essa questão para o centro das negociações. Enquanto isso, os impactos climáticos continuam a se intensificar, com 2024 sendo o ano mais quente já registrado e sinais alarmantes, como o degelo acelerado no Ártico. O sucesso da COP30 dependerá não apenas das negociações diplomáticas, mas da capacidade de transformar promessas em ações efetivas para enfrentar a crise climática global.


 
 
 

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O projeto Tempo de Aprender em Clima de Ensinar foi criado pela equipe do Laboratório de Meteorologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (LAMET/UENF), com o intuito de discutir com alunos e professores de escolas públicas as diferenças entre os conceitos de “tempo” e “clima” através de avaliações e estudos das características da atmosfera.

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