Por DW

O crescimento da energia solar tem sido impulsionado globalmente, com destaque para a Europa e a Ásia. Políticas da União Europeia, motivadas tanto pela meta de neutralidade climática até 2050 quanto pela crise energética causada pela guerra na Ucrânia, estimularam uma rápida expansão da energia solar. Países como Alemanha e Holanda lideram na capacidade instalada por pessoa, e o custo da tecnologia caiu quase 90% desde os anos 2000, tornando a energia solar mais acessível. Entre 2021 e 2024, a capacidade solar da UE dobrou e está prevista para superar as metas estabelecidas para 2030, com instalações residenciais desempenhando um papel crucial.
Para facilitar a adoção, muitos países europeus reduziram impostos e criaram subsídios para incentivar tanto proprietários de imóveis quanto inquilinos a investirem em energia solar. Enquanto alguns países, como a Hungria e a Suécia, oferecem subsídios diretos e simplificados, outros, como a Espanha, apresentam processos burocráticos que dificultam o acesso ao financiamento. Apesar da queda de preços, o custo inicial de instalação ainda pode ser um obstáculo para muitas famílias, tornando os incentivos governamentais essenciais, especialmente para lares de baixa renda. A incerteza sobre o futuro dos subsídios, no entanto, levanta preocupações sobre a continuidade desse crescimento.
Além do financiamento, o futuro da energia solar na Europa dependerá de investimentos em infraestrutura, como melhorias na rede elétrica e no armazenamento de energia. O treinamento de trabalhadores para a instalação e manutenção de sistemas solares também será fundamental para sustentar o crescimento do setor, que já emprega mais de 800 mil pessoas na UE. Com a expansão das instalações solares residenciais e comerciais, espera-se que a energia solar continue se popularizando, impulsionada tanto por incentivos financeiros quanto pelo efeito de adesão crescente entre cidadãos e empresas.
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