
A fuligem das queimadas na Amazônia e das embarcações turísticas na Antártida acelera o derretimento das geleiras na Península Antártica, contribuindo para o aumento do nível do mar. A fuligem, composta por partículas ultrafinas, absorve calor e intensifica o degelo ao escurecer a neve. Enquanto queimadas na América do Sul emitem até 800 mil toneladas anuais de fuligem, o turismo polar também gera grandes quantidades desse poluente, agravando o impacto ambiental.
O turismo na Antártida triplicou na última década, com navios, aviões e bases científicas emitindo fuligem significativa. O aquecimento global continua sendo o principal fator do derretimento das geleiras, mas a fuligem potencializa esse efeito. O estudo destaca que a desintegração de geleiras como Thwaites pode elevar o nível do mar em até 3 metros, impactando populações costeiras vulneráveis.
O relatório do IPCC alerta que até 2100 o mar pode subir até 2 metros, deslocando milhões de pessoas e gerando crises humanitárias. Enquanto países ricos podem se adaptar com infraestrutura, nações pobres enfrentarão desigualdade e conflitos sociais. O estudo reforça a urgência de reduzir emissões e adotar medidas para mitigar os impactos ambientais e sociais do degelo acelerado.
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