Climatologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera defende maior integração entre instituições governamentais, setor privado e sociedade civil; Vanda Cabrinha ressalta maior frequência, intensidade e menos tempo para resposta das populações ao tipo de eventos.
O furacão Milton atingiu a costa da Flórida na última semana, com ventos de até 193 km/h na região de Siesta Key. As fortes chuvas, ventos e inundações repentinas resultaram na morte de pelo menos quatro pessoas na Flórida Central. As autoridades continuam monitorando os danos causados pelo furacão, que já se desloca em direção ao Oceano Atlântico.
Durante uma conferência sobre seca em Genebra, a climatologista portuguesa Vanda Cabrinha destacou o aumento da severidade dos fenômenos climáticos, como furacões, nos últimos anos. Ela mencionou que, enquanto o trabalho de mitigação da seca está avançado em alguns países, o enfrentamento de furacões ainda é um aprendizado, especialmente em regiões menos acostumadas a esse tipo de fenômeno. A necessidade de preparação é urgente, já que eventos climáticos extremos estão se tornando mais frequentes e poderosos.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) também reforçou a gravidade da situação na Flórida, que ainda se recupera do furacão Helene, ocorrido duas semanas antes. O furacão Milton, com ventos que podem alcançar até 250 km/h, já provocou mais de 120 tornados durante sua passagem. A especialista sublinhou a importância da colaboração entre governos, setor privado e sociedade civil para mitigar os impactos dessas catástrofes naturais, que exigem respostas rápidas das populações afetadas.
Comentarios