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Frequência de cheias severas no Sul e Nordeste do Brasil deve aumentar até cinco vezes neste século, alertam cientistas

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    Tempo de Aprender em Clima de Ensinar
  • 14 de mar.
  • 2 min de leitura

Foto: Pexels
Foto: Pexels

Pesquisadores do Rio Grande do Sul alertam que a frequência de cheias severas nos rios do estado pode aumentar até cinco vezes neste século devido às mudanças climáticas, tornando eventos antes raros, como as cheias de 1941 e 2024 em Porto Alegre, cada vez mais comuns. O estudo da UFRGS aponta que a vazão dos rios deve crescer devido ao aumento das chuvas concentradas, podendo elevar o volume das águas em até 20%. Além do Rio Grande do Sul, os estados vizinhos, como Santa Catarina e Paraná, além de algumas regiões do Nordeste, também devem ser impactados por essa tendência de intensificação das enchentes.


Diante desse cenário, pesquisadores recomendam estratégias básicas e eficazes para mitigar os impactos das enchentes, como mapeamento de áreas de risco, zoneamento do uso do solo e implementação de sistemas de alerta e planos de contingência. Apesar de obras de engenharia e soluções baseadas na natureza serem eficazes para eventos menores, elas não substituem essas medidas preventivas. A aprovação de planos diretores municipais, considerando o risco de inundações, é essencial para garantir segurança, mas enfrenta desafios políticos e financeiros, pois exige investimento contínuo mesmo em anos sem enchentes relevantes.


A UFRGS também sugere a revisão dos parâmetros para obras de infraestrutura, adaptando cálculos antigos à nova realidade climática, onde eventos antes considerados raríssimos passam a ocorrer com maior frequência. Antes, infraestruturas eram projetadas para resistir a cheias esperadas a cada 100 anos, mas agora a recomendação é se preparar para eventos extremos antes registrados apenas a cada 300 anos. Especialistas destacam que dados históricos já demonstram a urgência de investimentos em prevenção, pois o padrão climático mudou, e é fundamental garantir que futuras infraestruturas sejam projetadas para suportar essa nova realidade.


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O projeto Tempo de Aprender em Clima de Ensinar foi criado pela equipe do Laboratório de Meteorologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (LAMET/UENF), com o intuito de discutir com alunos e professores de escolas públicas as diferenças entre os conceitos de “tempo” e “clima” através de avaliações e estudos das características da atmosfera.

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