Fonte: G1 Meio Ambiente

A China está transformando o deserto de Kubuqi, na Mongólia Interior, com um ambicioso projeto que combina energia limpa e recuperação ambiental. Conhecido como a "Grande Muralha Solar", o complexo de painéis solares visa produzir até 100 gigawatts de energia até 2030, abastecendo regiões urbanas como Pequim. Até agora, já foram instalados 5,4 gigawatts, aproveitando o clima ensolarado e o terreno plano. A usina Junma, que forma a imagem de um cavalo vista do alto, destaca o impacto do projeto, gerando energia para até 400 mil pessoas por ano.
Além de energia sustentável, o projeto contribui para combater a desertificação, já que os painéis ajudam a estabilizar as dunas, reduzir a evaporação e permitir o cultivo sob sua sombra. Iniciativas como essa estão tornando regiões áridas mais verdes, com o plantio de culturas e criação de gado, melhorando a fertilidade do solo. Imagens de satélite mostram mudanças impressionantes na paisagem, com vastas áreas de painéis substituindo dunas de areia, sinalizando o sucesso inicial do projeto.
Apesar dos avanços, desafios persistem, como a construção lenta das linhas de transmissão e os possíveis impactos ambientais da escavação de dunas, que afetam a biodiversidade e a estabilidade do solo. Ainda assim, a China lidera o mundo em capacidade instalada de energia solar, com mais de 386 gigawatts em junho de 2024, representando 51% do total global, consolidando sua posição na transição energética global.
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