La Niña chega ao fim e temperaturas do Pacífico voltam à neutralidade, declara agência americana
- Tempo de Aprender em Clima de Ensinar
- 11 de abr.
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Fonte: G1 Meio Ambiente

A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (Noaa) declarou o fim do fenômeno La Niña, que ocorre com o resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial Central e Centro-Leste. Desde dezembro, as temperaturas estavam abaixo da média, mas retornaram a um padrão de neutralidade, com expectativa de manter essas condições pelo menos até o verão do Hemisfério Norte. Ainda há incertezas para o segundo semestre, com 38% de chance de retorno do La Niña e menos de 20% para um novo El Niño.
No Brasil, o fim do La Niña deve alterar o padrão de chuvas, segundo a Climatempo. Durante o fenômeno, o Norte e o Nordeste registraram aumento das chuvas, enquanto o Centro-Sul enfrentou períodos mais secos e irregulares, especialmente o Sul, que também foi mais exposto à entrada de massas de ar frio. Com o retorno à neutralidade, esse comportamento tende a mudar, tornando o clima mais instável: o Sul pode alternar entre períodos secos e chuvosos com mais frequência, enquanto o Norte e o Nordeste devem experimentar uma leve diminuição das chuvas.
Embora o La Niña recente tenha sido considerado fraco e de curta duração, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) já indicava uma tendência de retorno à neutralidade desde março. Ainda assim, os impactos mais significativos sobre o clima global estão ligados às mudanças climáticas provocadas pela ação humana, que têm intensificado os eventos extremos. Mesmo sob a influência do La Niña, janeiro de 2025 foi o mês mais quente já registrado, com as temperaturas dos oceanos acima da média e essa tendência de aquecimento se estendendo também por grandes áreas terrestres.
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