Fonte: Um Só Planeta

Foto: Pexels
Paul Polman, ex-CEO da Unilever, enfatizou a importância de colocar as pessoas no centro das discussões climáticas e econômicas durante o Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas, no Brasil. Ele argumenta que a confiança e a transparência entre governos, empresas e a sociedade são cruciais para uma colaboração eficaz que garanta um futuro sustentável. Polman acredita que a mudança climática e a perda da biodiversidade ameaçam a própria sobrevivência humana e critica o foco excessivo em metas e lucros, defendendo que o progresso atual é insuficiente e que é necessário investir quatro vezes mais para mudanças significativas.
Polman é conhecido por promover uma abordagem mais humanizada nos negócios, defendendo que empresas devem contribuir mais para o meio ambiente e a sociedade do que extraem deles. Ele foi um dos responsáveis pela criação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e ressalta que uma transição para uma economia verde pode criar ao menos 25 milhões de novos empregos até 2030. Ele também vê oportunidades nessa transição, mas afirma que é essencial garantir que a população seja capacitada para participar dessas novas economias e que o financiamento seja direcionado para apoiar as comunidades mais vulneráveis aos efeitos climáticos.
O executivo elogia o Brasil como um possível líder na transição energética global, mencionando eventos como a COP30 em Belém e a reunião do G20 no Rio de Janeiro como oportunidades para o país se destacar. Polman espera que o Brasil inspire outras nações a adotar compromissos climáticos mais ambiciosos e a trabalhar em conjunto para cumprir as metas do Acordo de Kunming-Montreal. Ele também destaca que, embora haja compromissos de conservação e proteção dos direitos dos povos indígenas, apenas uma pequena parte dos países envolvidos publicou planos concretos, reiterando a necessidade de ações consistentes e cooperação internacional para a restauração da natureza.
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