Por G1 Meio Ambiente
A NASA revelou que o nível global do mar subiu mais do que o esperado em 2024, principalmente devido ao aquecimento dos oceanos. A taxa de elevação registrada foi de 0,59 centímetros, acima da projeção inicial de 0,43 centímetros anuais. Segundo o pesquisador Josh Willis, embora haja variações anuais, a tendência geral é clara: os oceanos continuam subindo e esse processo está se acelerando. A pesquisa aponta que, ao contrário do padrão tradicional, em que a maior parte da elevação vinha do derretimento de gelo terrestre, em 2024 dois terços do aumento foram resultado direto da expansão térmica da água.
Desde 1993, quando os registros por satélite começaram, a taxa anual de elevação do nível do mar mais que dobrou, totalizando um aumento de cerca de 10 centímetros no período. O monitoramento atual é realizado pelo satélite Sentinel-6 Michael Freilich, lançado em 2020, e continuará na próxima década com o futuro Sentinel-6B. Esses dados são fundamentais para acompanhar as mudanças e projetar os impactos futuros da elevação do nível do mar, que já afetam comunidades costeiras vulneráveis.
O estudo também destaca o papel do aquecimento e da circulação oceânica nesse fenômeno. O calor armazenado nos oceanos é distribuído de forma desigual, com algumas regiões sendo mais afetadas devido à agitação das camadas de água e à influência de correntes marítimas. O fenômeno El Niño contribui para esse processo ao redistribuir massas de água quente no Oceano Pacífico, intensificando a elevação do nível do mar. Com isso, cresce a preocupação científica sobre os impactos das mudanças climáticas, especialmente para comunidades que já enfrentam inundações mais frequentes.
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