Por G1 Meio Ambiente
Um novo estudo do Met Office e da Universidade de Exeter, no Reino Unido, aponta que a circulação oceânica do Atlântico Norte (AMOC) deve enfraquecer, mas não colapsar neste século, ao contrário do que uma pesquisa de 2023 publicada na Nature indicava. O estudo anterior previa que o colapso poderia ocorrer entre 2025 e 2095 devido às mudanças climáticas, o que traria consequências catastróficas para o clima global. No entanto, os cientistas britânicos sugerem que a AMOC continuará funcionando, apesar da influência do aquecimento global e do aumento da entrada de água doce no Atlântico.

Embora o colapso seja improvável, o enfraquecimento da AMOC ainda pode gerar desafios climáticos, especialmente na Europa e em outras regiões. Como a AMOC é essencial para a distribuição de calor pelo planeta, seu enfraquecimento pode alterar padrões climáticos globais. Os pesquisadores afirmam que os ventos sobre o Oceano Antártico serão um dos principais impulsionadores dessa mudança, reforçando a necessidade de monitoramento contínuo das correntes oceânicas.
O estudo também reacende o debate sobre a previsão do colapso da AMOC, que ganhou força em 2023, mas foi questionada por especialistas devido à falta de dados históricos mais amplos. A nova pesquisa sugere que a circulação do Atlântico Norte pode ser mais resiliente do que se pensava, mas ainda alerta para impactos importantes no clima ao longo do século XXI. Além disso, os cientistas identificaram um fenômeno emergente no Oceano Pacífico, a Circulação Meridional do Pacífico (PMOC), que, no entanto, não seria suficiente para compensar as mudanças impulsionadas pelos ventos na Antártida.
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