Fonte: G1 Meio Ambiente
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A intensificação das chuvas e tempestades no mundo em 2023 e 2024, como os desastres na Espanha, Estados Unidos, África e Brasil, é um reflexo do aquecimento dos oceanos, que estão cada vez mais retendo e liberando calor para a atmosfera. Esse processo aumenta a quantidade de umidade, tornando as chuvas mais volumosas e destrutivas. Especialistas explicam que essa umidade extra se deve às maiores concentrações de gases de efeito estufa, que aquecem o planeta e, por consequência, os oceanos, tornando episódios climáticos extremos mais frequentes e intensos.
Na Espanha, uma tempestade transformou Valência em um cenário de tragédia, com chuvas em volume equivalente ao esperado para um ano inteiro em apenas oito horas. Esse fenômeno foi alimentado por um "rio voador" de umidade, um canal atmosférico que transporta vapor d'água por várias regiões. Com o Mar Mediterrâneo e o Atlântico mais quentes, a tempestade foi intensificada e levou a uma formação convectiva massiva, causando inundações. Fenômenos semelhantes atingiram o Saara, onde chuvas raras criaram bolsões de água, e o furacão Milton, que se intensificou rapidamente para a categoria 5 ao passar pelo quente Golfo do México.
O Brasil também foi impactado em abril por tempestades intensificadas pela umidade dos oceanos, resultando em uma das maiores tragédias climáticas no Rio Grande do Sul. Com o avanço das mudanças climáticas, os especialistas alertam que episódios de chuva extrema devem se tornar ainda mais imprevisíveis, dificultando as previsões e aumentando os riscos para a população. Entidades e pesquisadores ressaltam a urgência de reduzir as emissões de gases do efeito estufa, pois os sistemas atuais não conseguem prever a intensidade desses eventos extremos, o que deixa as comunidades vulneráveis e com pouco tempo de reação frente a desastres climáticos.
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