Onda de calor na Europa: Barcelona registra o junho mais quente em mais de 100 anos e França tem mais de mil escolas fechadas
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Fonte: G1 Meio Ambiente

O mês de junho foi o mais quente da história em Barcelona, segundo registros de mais de um século do serviço meteorológico espanhol. A cidade, geralmente protegida dos extremos climáticos por sua localização entre colinas e o mar Mediterrâneo, atingiu 37,9°C, um novo recorde. A primeira onda de calor do verão europeu afetou grande parte da Espanha e de outros países, como a França, onde mais de 1.300 escolas foram fechadas por causa das temperaturas extremas, e Paris entrou em alerta máximo com previsões de até 40°C.
Outros países europeus também enfrentam situações preocupantes. O Mediterrâneo chegou a registrar até 6°C acima da média, atingindo 30°C no Mar Balear. A Itália viu 17 das suas 27 principais cidades serem impactadas pelo calor, enquanto Portugal bateu seu recorde de temperatura para junho com 46,6°C. Com o solo seco e a falta de chuvas, o risco de incêndios florestais e em plantações aumentou significativamente, afetando especialmente a França, maior produtora de grãos da União Europeia, em plena época de colheita.
Especialistas alertam que esses eventos extremos serão cada vez mais comuns. A Europa, o continente que mais rapidamente se aquece no mundo, já enfrenta ondas de calor mais precoces e intensas. Projeções indicam que a França pode ter um aumento de até 4°C nas temperaturas médias até 2100, com picos anuais acima dos 40°C e possibilidade de atingir 50°C. A frequência das ondas de calor poderá aumentar até dez vezes até o fim do século, tornando o clima europeu progressivamente mais hostil no verão.
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