Fonte: Um Só Planeta
Na COP29, realizada em Baku, líderes mundiais discutiram a urgência das ações contra a crise climática. António Guterres, secretário-geral da ONU, alertou para o aumento das catástrofes climáticas em 2024 e exigiu ação imediata dos países, especialmente do G20, para reduzir emissões e proteger os mais vulneráveis. Ele defendeu o financiamento climático, incluindo medidas como taxas sobre poluidores. Simon Stiell, secretário da UNFCCC, destacou o impacto econômico da crise climática e a necessidade de ações mais ousadas para conter os efeitos inflacionários do clima extremo.
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O Brasil, representado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, apresentou uma nova meta climática, comprometendo-se a reduzir as emissões em até 67% até 2035. No entanto, especialistas como Marcio Astrini, do Observatório do Clima, apontaram desalinhamento entre essa meta e a promessa de zerar o desmatamento no país. Líderes de outros países, como Mia Mottley, de Barbados, e o presidente das Maldivas, Mohamed Muizzu, pediram maior financiamento para adaptação e enfrentamento das consequências climáticas. A União Europeia, por sua vez, reafirmou seu compromisso financeiro, com Charles Michel destacando uma contribuição de US$ 31 bilhões.
A COP29 também expôs as divergências entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Enquanto o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, defendeu o uso de seus recursos fósseis como essenciais para a economia, criticando o que chamou de “campanha de calúnia” contra essa indústria, o presidente da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, criticou a ausência de líderes de nações ricas no evento, questionando o compromisso das economias mais poderosas com as questões climáticas.
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