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Por que as ondas de calor são desastres negligenciados

  • Foto do escritor: Tempo de Aprender em Clima de Ensinar
    Tempo de Aprender em Clima de Ensinar
  • 4 de jun.
  • 1 min de leitura

Por DW


Imagem: Freepik
Imagem: Freepik

As ondas de calor no Brasil vêm se intensificando nos últimos anos e devem se tornar ainda mais severas nas próximas décadas, impulsionadas por mudanças climáticas e fenômenos como os bloqueios atmosféricos. Estudos da UFSC e da UFRJ mostram que esses eventos extremos já causaram dezenas de milhares de mortes, afetando desproporcionalmente idosos, mulheres, pessoas pretas, pardas e com baixa escolaridade. Apesar disso, o país ainda não possui dados oficiais consistentes sobre mortes causadas diretamente pelo calor, o que dificulta a formulação de políticas públicas eficazes para enfrentamento da crise.


A desigualdade é um fator central no impacto das ondas de calor. Pesquisas indicam que as populações mais vulneráveis — tanto do ponto de vista social quanto de saúde — sofrem mais com os efeitos das altas temperaturas. As cidades contribuem para o problema com a substituição de áreas verdes por concreto, o que intensifica o calor urbano. Iniciativas como a criação de pontos de resfriamento no Rio de Janeiro e alertas sobre temperaturas extremas são passos importantes, mas ainda insuficientes diante da escala do desafio.


Especialistas apontam que é essencial adaptar as cidades com infraestrutura mais verde, investir em transporte público sustentável e promover construções com melhor conforto térmico. A implementação de políticas como o Plano Clima e o projeto AdaptaCidades pode ajudar na mitigação dos impactos, mas o avanço ainda é limitado. A falta de preparo geral da sociedade, o negacionismo climático e a carência de políticas integradas agravam a vulnerabilidade do país diante do aumento das ondas de calor.


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O projeto Tempo de Aprender em Clima de Ensinar foi criado pela equipe do Laboratório de Meteorologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (LAMET/UENF), com o intuito de discutir com alunos e professores de escolas públicas as diferenças entre os conceitos de “tempo” e “clima” através de avaliações e estudos das características da atmosfera.

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