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Por que o Brasil ainda aposta em termelétricas?

  • Foto do escritor: Tempo de Aprender em Clima de Ensinar
    Tempo de Aprender em Clima de Ensinar
  • 4 de jun.
  • 2 min de leitura


Foto: Pexels
Foto: Pexels

Nos últimos meses, a instalação de termelétricas no Brasil tem gerado controvérsia, com decisões judiciais suspendendo audiências e empresas desistindo de projetos, como a termelétrica a gás natural em Samambaia (DF) e uma usina a carvão no Rio Grande do Sul. Os empreendimentos foram criticados por falta de transparência no processo de licenciamento e pelos altos impactos ambientais e climáticos. Esses episódios intensificaram o debate sobre a pertinência de investir em fontes fósseis em meio à crise climática, dada sua elevada emissão de gases de efeito estufa e outros poluentes.


O governo federal, por meio do Ministério de Minas e Energia, defende as termelétricas com o argumento de segurança energética, afirmando que elas garantem fornecimento estável mesmo em condições climáticas adversas. No entanto, estudos mostram que, em 2023, essas usinas emitiram mais CO₂ do que a cidade de São Paulo. Críticos apontam alternativas mais sustentáveis, como a modernização de hidrelétricas e o uso de fontes renováveis, além de alertarem para o lobby político que sustenta o setor termelétrico, visível na inclusão de "jabutis" em legislações para obrigar a contratação de usinas a gás e carvão.


A discussão se amplia com decisões judiciais recentes, como a do TRF-4, que determinou que o Ibama passe a incluir os impactos climáticos no licenciamento ambiental de termelétricas. Especialistas defendem a necessidade de uma avaliação ambiental estratégica mais ampla, que leve em conta critérios locacionais, sociais e climáticos. Diante de cerca de cem projetos em tramitação, cresce a preocupação com os critérios de aprovação nos leilões de energia, que já permitiram a habilitação de empreendimentos sem licença ambiental prévia.


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O projeto Tempo de Aprender em Clima de Ensinar foi criado pela equipe do Laboratório de Meteorologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (LAMET/UENF), com o intuito de discutir com alunos e professores de escolas públicas as diferenças entre os conceitos de “tempo” e “clima” através de avaliações e estudos das características da atmosfera.

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