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Por que o setor de transporte está no centro do desafio climático global?

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    Tempo de Aprender em Clima de Ensinar
  • 4 de jun.
  • 2 min de leitura

Foto: Pexels
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As mudanças nos regimes de chuva, o encurtamento das janelas de plantio e colheita, pragas, doenças, risco a segurança alimentar e energética no mundo. Esses fenômenos não apenas ameaçam a produtividade no campo, como também estão redesenhando as dinâmicas dos mercados globais. Diante desse cenário, o Acordo de Paris tem como principal meta conter o aumento da temperatura média do planeta em até 1,5°C — objetivo crucial segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).


É possível reduzir a pegada de carbono no transporte?

O setor de transportes é um dos segmentos que contribuem significativamente com as emissões de gases de efeito estufa (GEE). De todas as modalidades, a aviação é responsável por cerca de 5% dessas emissões, enquanto a hidroviária responde por menos de 2% (SEEG, 2025).


Nos últimos anos, a descarbonização da matriz de transportes ganhou relevância, tendo em vista a possibilidade de redução da sua pegada de carbono fazendo uso de renováveis, como o etanol, biodiesel, HVO, combustível de navegação e o combustível sustentável de aviação (Sustainable Aviation Fuel – SAF).


A demanda por querosene de aviação tem crescido de maneira constante, impulsionada pela expansão da aviação comercial e pelo aumento do número de viagens aéreas em todo o mundo. O avanço é impulsionado pela globalização, a urbanização e o aumento da classe média em várias regiões, especialmente na Ásia e na América Latina. Com previsões indicando que o tráfego de aeronaves dobrará nas próximas duas décadas, a necessidade por combustíveis fósseis, principalmente o querosene, deve continuar ampliando.


Quais são as alternativas de mitigação para o setor de transporte aéreo?

Para mitigar as consequências dessa demanda, o setor precisa de alternativas sustentáveis, como o SAF. A inovação tecnológica e a implementação de políticas eficazes serão cruciais para enfrentar este desafio e garantir a sustentabilidade em futuro próximo.


Dessa forma, é fundamental que a regulamentação brasileira sobre a produção e comercialização de SAF esteja de acordo com as principais certificações internacionais. Esse alinhamento permitirá que o SAF brasileiro seja plenamente reconhecido em mercados estratégicos, viabilizando sua inserção competitiva mediante mecanismos de rastreabilidade; de ciclo de vida e elegibilidade para créditos de carbono.


A Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), por meio do seu comitê de Agroenergia e cooperação de empresas associadas, elaborou uma publicação específica com dados, cenários e informações técnicas que podem auxiliar no desenvolvimento do SAF no Brasil, posicionando o país na vanguarda da produção do biocombustível. Acesse aqui a publicação  

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O projeto Tempo de Aprender em Clima de Ensinar foi criado pela equipe do Laboratório de Meteorologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (LAMET/UENF), com o intuito de discutir com alunos e professores de escolas públicas as diferenças entre os conceitos de “tempo” e “clima” através de avaliações e estudos das características da atmosfera.

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