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Por que 'rios voadores' estão cada vez mais destrutivos?




Inundações extraordinárias em várias partes do mundo, como China e Canadá, ilustram o impacto do aquecimento global, que aumenta a umidade atmosférica. Eventos semelhantes ocorreram em 2023 no Oriente Médio, com recordes de umidade, e no Chile, que enfrentou fortes chuvas e derretimento de neve nos Andes. Esses fenômenos estão ligados aos rios atmosféricos, colunas de vapor d'água que se formam nos trópicos e se movem para os polos, e que estão se tornando mais intensos e destrutivos, colocando centenas de milhões de pessoas em risco.


Os rios atmosféricos, conhecidos como "rios voadores", transportam grandes quantidades de vapor d'água pelas latitudes médias, desempenhando um papel importante na distribuição de chuvas. Na América do Sul, por exemplo, eles são vitais para a produção agrícola, mas o desmatamento da Amazônia ameaça seu funcionamento. Embora invisíveis, esses rios podem ser detectados por satélites e, em média, têm cerca de 2.000 km de comprimento. No entanto, com o aquecimento global, estão ficando mais longos e mais intensos, aumentando os riscos de inundações.


Estudos mostram que o vapor de água atmosférico global aumentou 20% desde a década de 1960, ampliando a intensidade dos rios atmosféricos e suas consequências, como inundações e deslizamentos de terra. Esse fenômeno é responsável por até 80% das chuvas intensas na Ásia durante a temporada de monções. Além disso, mudanças nos padrões de vento e correntes de jato estão permitindo que esses rios alcancem novas regiões. A classificação em cinco tipos, semelhante a furacões, ajuda a avaliar os riscos, mas o monitoramento ainda é limitado, destacando a necessidade de mais dados e previsões regionais.


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