Refúgio climático: solução ou paliativo para calor extremo?
- Tempo de Aprender em Clima de Ensinar
- 27 de mar.
- 2 min de leitura
Por G1 Meio Ambiente

Com o aumento das temperaturas e eventos climáticos extremos, cidades brasileiras estão adotando soluções baseadas na natureza para amenizar os impactos do calor. Um exemplo é o refúgio climático inaugurado no centro de Belo Horizonte em 2024, inspirado nos cooling places internacionais, que oferecem sombra, água potável e áreas de descanso para a população. Além de proporcionar conforto térmico, esses espaços também ajudam na conservação da biodiversidade, na redução do escoamento da água da chuva e na melhoria da qualidade do ar, promovendo um ambiente urbano mais sustentável e habitável.
A implementação de refúgios climáticos no Brasil enfrenta desafios econômicos, estruturais e políticos. O alto custo inicial e a necessidade de manutenção contínua dificultam a adoção dessas medidas em cidades com orçamentos limitados. Além disso, a falta de espaços disponíveis em áreas urbanas densamente povoadas e a descontinuidade de políticas públicas comprometem a efetividade desses projetos. A resistência social e a ausência de participação comunitária também são obstáculos, especialmente em regiões mais vulneráveis, onde a prioridade da população está voltada para necessidades básicas como moradia e segurança.
Diante desse cenário, medidas emergenciais são essenciais para garantir a proteção da população contra eventos extremos. Sistemas de alerta para ondas de calor e chuvas intensas, fechamento de vias em casos de inundação e monitoramento constante são algumas ações já adotadas. Além disso, soluções baseadas na natureza, como telhados verdes, jardins de chuva e arborização urbana, têm sido incentivadas para criar microclimas mais frescos e melhorar a drenagem. A integração entre infraestrutura urbana e soluções ambientais é fundamental para tornar as cidades mais resilientes e preparadas para os desafios climáticos futuros.
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