Um ano após enchente, Porto Alegre passou a monitorar "sinais vitais" da cidade em tempo real
- Tempo de Aprender em Clima de Ensinar
- 8 de mai.
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Fonte: Um Só Planeta

Após as enchentes devastadoras de 2024 no Rio Grande do Sul, Porto Alegre passou por uma transformação significativa em sua abordagem à gestão de riscos climáticos. Entre as principais medidas está a adoção de tecnologia de ponta, com sensores e totens de alerta espalhados pela cidade, monitorando em tempo real dados como nível dos rios, intensidade das chuvas e estabilidade do solo. Esses equipamentos integram um sistema de inteligência territorial da Defesa Civil que, por meio de painéis e aplicativos, permite uma resposta mais rápida e precisa a emergências, com potencial para salvar vidas.
Além dos investimentos em infraestrutura para o escoamento de água, a prefeitura apostou na digitalização de dados por meio da plataforma GeoPoa, que reúne mais de 120 camadas de informações essenciais para a gestão pública e a pesquisa. Essa integração de dados visa não apenas melhorar a capacidade de reação diante de eventos extremos, mas também construir uma cultura de prevenção e resiliência nas comunidades mais vulneráveis, especialmente nas áreas suscetíveis a cheias do lago Guaíba. A cidade também criou o Escritório de Reconstrução e Adaptação Climática para coordenar essas ações de forma estratégica.
Especialistas e organismos internacionais, como a ONU, ressaltam a importância dos sistemas de alerta precoce, mas destacam que é essencial aprimorar a comunicação com o público para que os alertas sejam eficazes. Em 2024, embora as previsões das enchentes estivessem disponíveis com antecedência, muitas pessoas não compreenderam sua gravidade ou não sabiam como reagir. O caso de Porto Alegre mostra que a combinação de tecnologia, dados e comunicação eficiente é uma das ferramentas mais promissoras na preparação para o que está sendo chamado de “era das consequências” climáticas.
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