Uma ‘Arábia Saudita’ de energia limpa: Produção de biometano tem alta no Brasil a partir de aterros sanitários
- Tempo de Aprender em Clima de Ensinar
- 8 de mai.
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Fonte: Um Só Planeta

O lixo mal gerido representa um grande problema climático devido à liberação de metano, um gás de efeito estufa extremamente potente. No entanto, quando esse metano é capturado e purificado, transforma-se em biometano, um combustível renovável que contribui para a redução de emissões. No Brasil, a produção diária atual de biometano é de 840 mil metros cúbicos, com expectativa de aumento significativo até 2030, caso novas usinas entrem em operação. A substituição de lixões por aterros sanitários, onde o metano pode ser tratado adequadamente, é fundamental para essa transição.
Apesar da legislação que exigia o fim dos lixões até 2021, cerca de 2,5 mil ainda estão ativos no Brasil, gerando impactos ambientais negativos. O uso de aterros sanitários permite o aproveitamento do metano como biocombustível, sendo comparado a "poços de petróleo de energia limpa" pelo presidente da Abrema. A Lei do Combustível do Futuro, aprovada recentemente, estabelece que o biometano represente 10% do gás natural vendido no país até 2034, reforçando seu papel na descarbonização da matriz energética brasileira.
A produção de biometano, que pode começar após três anos de acúmulo de lixo, depende de infraestrutura adequada e incentivos governamentais. Empresas como Marquise Ambiental e Grupo Orizon lideram projetos de expansão do setor, com novas usinas previstas em várias regiões do país. Além de fornecer energia limpa, os aterros preparados geram créditos de carbono, o que pode impulsionar ainda mais o setor com a regulamentação do mercado de carbono e ampliar o acesso das empresas brasileiras ao mercado internacional de energias renováveis.
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