Fonte: G1 Meio Ambiente

Foto: Pexels
Em 2023, os níveis de gases de efeito estufa alcançaram novos recordes, como revela um estudo da Organização Meteorológica Mundial (OMM). As concentrações globais de dióxido de carbono (CO₂) aumentaram para 420 partes por milhão (ppm), ultrapassando em 151% os níveis pré-industriais. Esse é o 12º ano consecutivo em que o CO₂ cresce mais de 2 ppm anualmente. O metano (CH₄), outro gás de efeito estufa significativo, atingiu um aumento de 265% em relação a 1750, enquanto o óxido nitroso (N₂O) registrou uma elevação de 125% no mesmo período.
A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, alertou que esses recordes demonstram a dificuldade em cumprir os objetivos do Acordo de Paris, que visa limitar o aquecimento global abaixo de 2°C e, idealmente, a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. Segundo Saulo, cada aumento de ppm e fração de grau na temperatura afeta vidas e o planeta, reforçando a necessidade de ação imediata entre os líderes globais. A OMM também ressaltou que a alta do CO₂ é impulsionada pela queima de combustíveis fósseis e que fenômenos como o El Niño influenciam as variações anuais.
Além do CO₂, o metano contribui para cerca de 16% do aquecimento global e provém de atividades humanas como agricultura e exploração de combustíveis fósseis. Embora seu aumento em 2023 tenha sido menor que em 2022, ele alcançou um recorde nos últimos cinco anos. O óxido nitroso, associado ao uso de fertilizantes e degradação da camada de ozônio, também manteve níveis elevados, embora seu crescimento tenha desacelerado em comparação com anos anteriores. A OMM enfatiza que esses dados reforçam a urgência de ações para mitigar os efeitos climáticos.
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