top of page

Quais são os impactos reais do derretimento das geleiras?

  • Foto do escritor: Tempo de Aprender em Clima de Ensinar
    Tempo de Aprender em Clima de Ensinar
  • há 1 dia
  • 2 min de leitura

Fonte: DW


Foto: Freepik
Foto: Freepik

O colapso de uma geleira nos Alpes Suíços, que soterrou a vila de Blatten, evidenciou os impactos crescentes das mudanças climáticas nas regiões glaciais. Com o aquecimento global, geleiras estão derretendo duas vezes mais rápido do que há duas décadas, o que afeta diretamente o abastecimento de água, a agricultura e a geração de energia para quase 2 bilhões de pessoas. No Peru, por exemplo, o derretimento acelerado dos Andes levou a riscos de inundações e até a processos judiciais, como o movido por Saul Luciano Lliuya contra uma empresa alemã, devido ao aumento do nível de lagos formados por água glacial.


Esse fenômeno não se limita à América do Sul: no Paquistão e na Índia, inundações provocadas por lagos glaciais transbordados já causaram centenas de mortes, enquanto nos Alpes, comunidades foram evacuadas por riscos de deslizamentos. Por outro lado, há locais onde o problema é a escassez: o derretimento excessivo leva inicialmente ao aumento do fluxo de água, mas com o tempo provoca uma diminuição crítica no abastecimento. Isso tem obrigado agricultores a mudarem suas culturas e afeta até a produção de energia em países como o Chile. A situação se agrava com o derretimento de geleiras oceânicas, como a Thwaites, na Antártida, cuja instabilidade ameaça elevar significativamente o nível do mar e colocar em risco megacidades costeiras e ilhas inteiras.


Além das perdas materiais e ambientais, há impactos culturais e econômicos profundos. No Peru, tradições religiosas ligadas às geleiras estão desaparecendo com o gelo, enquanto na Europa, o turismo em regiões montanhosas enfrenta um declínio com a perda de neve natural. Algumas iniciativas locais, como sistemas de alerta precoce no Paquistão e geleiras artificiais na Índia, ajudam a mitigar os efeitos, mas especialistas afirmam que somente a redução das emissões de gases de efeito estufa poderá conter de fato o retrocesso das geleiras e os desastres associados.


コメント


LOGO-TEMPODEENSINAR2.png

O projeto Tempo de Aprender em Clima de Ensinar foi criado pela equipe do Laboratório de Meteorologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (LAMET/UENF), com o intuito de discutir com alunos e professores de escolas públicas as diferenças entre os conceitos de “tempo” e “clima” através de avaliações e estudos das características da atmosfera.

bottom of page