Por DW

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para retirar o país do Acordo de Paris, revertendo compromissos climáticos assumidos anteriormente. Trump criticou o acordo como prejudicial às indústrias americanas e reafirmou sua intenção de priorizar o petróleo e gás. A decisão coloca os EUA ao lado de países como Irã e Iêmen, fora do pacto internacional que busca limitar o aquecimento global a 1,5°C ou 2°C. A China, maior emissora de gases de efeito estufa, expressou preocupação e reafirmou seu compromisso com a transição para uma economia de baixo carbono.
A retirada dos EUA do acordo enfraquece a obrigação do país de reduzir suas emissões, potencialmente incentivando outros países a reduzirem seus compromissos climáticos. Sob o governo anterior, os EUA haviam apresentado metas ambiciosas de redução de emissões líquidas, que agora estão em risco com as políticas de Trump. Mesmo que estados e municípios, por meio de iniciativas como "We Are Still In" e US Climate Alliance, prometam continuar agindo, especialistas alertam para o aumento significativo nas emissões americanas até 2030.
No cenário econômico, a decisão pode prejudicar a competitividade dos EUA em mercados de energia limpa, enquanto investimentos globais priorizam tecnologias renováveis e veículos elétricos. Analistas destacam que a retirada completa do Acordo de Paris só se oficializará em um ano, permitindo aos EUA ainda participar da próxima COP30, mas com influência reduzida. A União Europeia e a China, por outro lado, podem emergir como líderes nas negociações climáticas globais.
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