Enchentes e calor: cidades europeias precisam se adaptar
- Tempo de Aprender em Clima de Ensinar
- 8 de mai.
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Fonte: DW

A Europa é atualmente o continente que mais rapidamente se aquece, com um aumento médio de 2,4 °C desde a era industrial, em comparação com 1,3 °C no restante do planeta. O relatório State of the European Climate 2024, elaborado por cerca de cem cientistas do Copernicus Climate Change Service (CCCS), alerta que diversos recordes climáticos negativos foram batidos em 2024. As temperaturas elevadas, com exceção da Islândia, associadas ao aumento contínuo dos gases de efeito estufa, ao derretimento de geleiras e à elevação do nível do mar, indicam que a Europa enfrenta impactos climáticos mais severos do que a média global.
Essas mudanças já afetam profundamente os 750 milhões de habitantes do continente. Fenômenos extremos como inundações, ondas de calor, tempestades e secas se tornaram mais frequentes e intensos. Exemplos disso incluem as enchentes em Valência, que mataram mais de 220 pessoas, os incêndios em Portugal e o furacão Boris que afetou oito países. Em 2024, mais de 400 mil europeus foram impactados por desastres naturais, e 335 perderam a vida. O leste da Europa enfrentou calor e seca intensos, enquanto o oeste teve o ano mais chuvoso desde 1950, agravando o risco de enchentes devido à impermeabilidade do solo seco.
Apesar da gravidade da situação, há avanços importantes na adaptação climática. Mais da metade das cidades europeias está implementando planos de ação contra os efeitos do clima extremo, incluindo áreas verdes e infraestrutura antienchente. Cidades como Paris, Milão e Amsterdã lideram essas iniciativas. Outro progresso significativo foi o aumento na geração de energia limpa: em 2024, 45% da eletricidade europeia veio de fontes renováveis como sol, vento e biomassa. Contudo, os especialistas alertam que é crucial conter o aquecimento abaixo de 1,5 °C para evitar milhares de mortes adicionais por calor e preservar a qualidade de vida no continente.
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