Entenda os impactos de 1,5 °C e 2 °C de aquecimento global
- Tempo de Aprender em Clima de Ensinar
- 19 de nov.
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Fonte: DW Brasil
O Acordo de Paris, firmado em 2015, estabeleceu a meta de limitar o aquecimento global a 1,5 °C — ou, no máximo, 2 °C — para reduzir os impactos das mudanças climáticas. No entanto, apesar das metas, as emissões globais continuaram crescendo, tornando cada vez mais difícil manter o aumento de temperatura abaixo do limite desejado. Cientistas já consideram que atingir 1,5 °C é improvável sem reduções drásticas e rápidas nas emissões nas próximas décadas.
A diferença entre 1,5 °C e 2 °C é pequena numericamente, mas enorme em impactos. Enquanto 1,5 °C já aumenta o risco de colapso de ecossistemas, ondas de calor e elevação do nível do mar, um aquecimento de 2 °C exporia mais de um terço da população mundial a calor extremo e deixaria até 3 bilhões de pessoas em situação de escassez crônica de água. O cenário de 2 °C também acelera o derretimento do Ártico, o aumento do nível do mar e a liberação de metano do permafrost, agravando ainda mais o aquecimento.
Com as políticas atuais, o mundo caminha para cerca de 2,6 °C de aquecimento até 2100 — um nível associado a colapsos ambientais, eventos climáticos extremos e “pontos de inflexão” irreversíveis. O ano de 2024 já mostrou os sinais desse futuro, com incêndios, ondas de calor, enchentes e milhares de mortes associadas ao clima extremo. Cientistas reforçam que, enquanto continuarmos emitindo CO₂, o planeta seguirá aquecendo — e que zerar as emissões é o passo essencial para frear os impactos crescentes.
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