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Rumo ao desconhecido: famosas listras de aquecimento da Terra expandem tom 'vermelho escuro' com calor recorde de 2024




Listras de aquecimento: tom mais escuro se expande após recorde de calor em 2024 — Foto: Reprodução
Listras de aquecimento: tom mais escuro se expande após recorde de calor em 2024 — Foto: Reprodução

Em 2018, Ed Hawkins, cientista climático da Universidade de Reading, criou as "listras de aquecimento", uma visualização simples que mostra o aumento das temperaturas médias globais desde 1850. Essas barras verticais, com cores que variam do azul (anos mais frios) ao vermelho (anos mais quentes), ilustram claramente o aquecimento global. Nos últimos anos, predominam os tons vermelhos, simbolizando o aumento acelerado das temperaturas devido à queima de combustíveis fósseis. Em 2024, com a temperatura média global 1,55 °C acima da era pré-industrial, as listras ganharam um tom vermelho escuro, refletindo a superação do limite de 1,5 °C estabelecido no Acordo de Paris.


Temperatura média global, de 1850 a 2024, em gráfico da Organização Meteorológica Mundial (OMM). — Foto: © Organização Meteorológica Mundial (OMM)
Temperatura média global, de 1850 a 2024, em gráfico da Organização Meteorológica Mundial (OMM). — Foto: © Organização Meteorológica Mundial (OMM)

Hawkins destaca que o rápido aquecimento causado pela ação humana já agrava eventos climáticos extremos, como secas e incêndios florestais, enquanto o vapor d’água, intensificado em 2024, amplifica ainda mais o efeito estufa. Apesar disso, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alerta que ainda há tempo para mitigar os impactos da crise climática, mas exige ações imediatas e efetivas das lideranças globais. As escolhas feitas agora determinarão se as futuras gerações enfrentarão um clima mais extremo e desafiador.


As listras de aquecimento tornaram-se um símbolo global de conscientização sobre o aquecimento global. Para reverter a trajetória preocupante, é fundamental reduzir emissões e adotar práticas sustentáveis. Isso inclui pressionar governos por políticas climáticas, apoiar iniciativas de restauração ambiental e adotar um estilo de vida mais ecológico. A mudança ainda é possível, mas depende de uma mobilização coletiva para evitar consequências mais severas.


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O projeto Tempo de Aprender em Clima de Ensinar foi criado pela equipe do Laboratório de Meteorologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (LAMET/UENF), com o intuito de discutir com alunos e professores de escolas públicas as diferenças entre os conceitos de “tempo” e “clima” através de avaliações e estudos das características da atmosfera.

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