Fonte: Um Só Planeta

Em 2018, Ed Hawkins, cientista climático da Universidade de Reading, criou as "listras de aquecimento", uma visualização simples que mostra o aumento das temperaturas médias globais desde 1850. Essas barras verticais, com cores que variam do azul (anos mais frios) ao vermelho (anos mais quentes), ilustram claramente o aquecimento global. Nos últimos anos, predominam os tons vermelhos, simbolizando o aumento acelerado das temperaturas devido à queima de combustíveis fósseis. Em 2024, com a temperatura média global 1,55 °C acima da era pré-industrial, as listras ganharam um tom vermelho escuro, refletindo a superação do limite de 1,5 °C estabelecido no Acordo de Paris.

Hawkins destaca que o rápido aquecimento causado pela ação humana já agrava eventos climáticos extremos, como secas e incêndios florestais, enquanto o vapor d’água, intensificado em 2024, amplifica ainda mais o efeito estufa. Apesar disso, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alerta que ainda há tempo para mitigar os impactos da crise climática, mas exige ações imediatas e efetivas das lideranças globais. As escolhas feitas agora determinarão se as futuras gerações enfrentarão um clima mais extremo e desafiador.
As listras de aquecimento tornaram-se um símbolo global de conscientização sobre o aquecimento global. Para reverter a trajetória preocupante, é fundamental reduzir emissões e adotar práticas sustentáveis. Isso inclui pressionar governos por políticas climáticas, apoiar iniciativas de restauração ambiental e adotar um estilo de vida mais ecológico. A mudança ainda é possível, mas depende de uma mobilização coletiva para evitar consequências mais severas.
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