A Organização Meteorológica Mundial (OMM) destacou a urgência de reduzir as emissões de gases de efeito estufa para evitar impactos climáticos devastadores, como as temperaturas recordes registradas nos últimos 13 meses. Em 22 de julho, foi registrado o dia mais quente da história, com temperaturas diárias superiores a 50°C em pelo menos 10 países, afetando centenas de milhões de pessoas. As políticas atuais, segundo o climatologista Álvaro Silva, podem levar a um aumento de temperatura de até 2,9°C até o final do século, muito acima das metas do Acordo de Paris, o que traria consequências catastróficas.
A OMM também destacou que julho de 2024 foi o segundo mês mais quente já registrado globalmente, ressaltando que o planeta está se tornando mais quente e perigoso para todos.
A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, enfatizou a necessidade de melhorar os sistemas de alerta precoce e planos de ação para mitigar os impactos das ondas de calor, que atingiram todos os continentes. Estudos indicam que a expansão dos sistemas de alerta de saúde relacionados ao calor pode salvar cerca de 98 mil vidas por ano, mostrando a importância de medidas preventivas.
Além disso, a OMM relatou anomalias de temperatura significativas na Antártida, com áreas registrando mais de 10°C acima da média, contribuindo para as temperaturas globais recordes. Essas anomalias são incomuns e representam a segunda onda de calor desse tipo na região em dois anos. A extensão diária do gelo marinho da Antártida em junho de 2024 foi a segunda mais baixa já registrada, ressaltando as mudanças preocupantes no clima global e a necessidade de ação urgente para mitigar esses efeitos.
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