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Cientistas brasileiros transformam CO2 em combustível para navios, carros e caminhões

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    Tempo de Aprender em Clima de Ensinar
  • há 27 minutos
  • 2 min de leitura

Fonte: Um Só Planeta


O Brasil começa a se posicionar no desenvolvimento de tecnologias para transformar o CO₂ capturado de processos industriais ou diretamente da atmosfera em combustíveis renováveis, como e-metanol, gasolina e diesel sustentáveis. Um projeto do Instituto de Química da USP, em parceria com o RCGI e a Shell, busca produzir e-metanol a partir do CO₂ gerado em usinas de etanol, aproveitando recursos como eletricidade e vapor da queima do bagaço de cana para gerar hidrogênio e alimentar o processo. A tecnologia envolve um novo catalisador à base de óxidos de titânio e rênio, com seletividade de 98% para o metanol, e deve ser testada em uma planta-piloto até 2026.


Foto: Pexels
Foto: Pexels

Paralelamente, a Repsol Sinopec Brasil desenvolve o projeto CO2CHEM, em parceria com a Hytron, o Senai-CETIQT e a USP, para produzir gasolina e diesel renováveis usando CO₂ e hidrogênio obtido por eletrólise da água, alimentada por energia renovável. A planta-piloto, em Campinas, pode gerar até 20 litros diários e utilizará, futuramente, CO₂ capturado diretamente do ar por tecnologia DAC. O objetivo é validar o desempenho dos combustíveis, ampliar a escala e avaliar a viabilidade econômica, criando um ciclo fechado de emissões.


Embora o e-metanol ainda seja caro — cerca de US$ 1.300 por tonelada, contra US$ 300 do combustível fóssil marítimo —, sua adoção pode ajudar a cumprir metas de descarbonização do transporte marítimo, setor responsável por 3% das emissões globais. No mundo, a produção já é realidade, como na Dinamarca, onde a primeira fábrica industrial entrou em operação em 2024, com a Maersk como principal cliente. No Brasil, além dos dois projetos principais, Petrobras, Braskem e HIF Global anunciaram iniciativas, reforçando o potencial do país em integrar a cadeia global de combustíveis sustentáveis, embora desafios tecnológicos e econômicos ainda precisem ser superados.


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O projeto Tempo de Aprender em Clima de Ensinar foi criado pela equipe do Laboratório de Meteorologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (LAMET/UENF), com o intuito de discutir com alunos e professores de escolas públicas as diferenças entre os conceitos de “tempo” e “clima” através de avaliações e estudos das características da atmosfera.

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