Estocando calor: tijolo térmico pode ser aliado contra as mudanças climáticas
- Tempo de Aprender em Clima de Ensinar

- 22 de set.
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As indústrias de cimento, aço, alimentos e produtos químicos estão entre as maiores emissoras de gases de efeito estufa, em grande parte devido ao uso intensivo de calor gerado por combustíveis fósseis. Para enfrentar esse desafio, a empresa norte-americana Rondo Energy desenvolveu a bateria térmica de tijolos (Rondo Heat Battery – RHB), que armazena eletricidade renovável sob a forma de calor de alta temperatura. A tecnologia permite substituir caldeiras movidas a carvão e gás natural por uma solução limpa, segura e escalável.

O sistema aquece tijolos refratários até 1.500 °C usando energia solar ou eólica e libera o calor de forma controlada, garantindo fornecimento contínuo mesmo quando não há vento ou sol. Com eficiência de cerca de 98%, vida útil superior a 40 anos e necessidade mínima de manutenção, os modelos já disponíveis variam de 100 MWh a 300 MWh.
Cada unidade pode evitar até 40 mil toneladas de CO₂ por ano, oferecendo impacto significativo em setores difíceis de descarbonizar, como o cimento e a metalurgia.
A Rondo Energy utiliza materiais simples, como tijolos e arames de ferro, aliados a sistemas de controle automatizados, o que reduz custos e elimina riscos comuns a baterias químicas ou hidrogênio verde. A empresa já conta com investimentos de grandes corporações e parcerias internacionais, incluindo projetos na Ásia e em Portugal. Com capacidade anunciada de 200 MWh e planos de expansão para 3 GWh, a tecnologia se destaca como uma alternativa promissora para acelerar a transição energética global.








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