Pela 1ª vez, energia solar e eólica gera mais de 1/3 da eletricidade do Brasil
- Tempo de Aprender em Clima de Ensinar

- 22 de set.
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Em agosto de 2025, o Brasil registrou um marco histórico: pela primeira vez, a geração de energia eólica e solar respondeu por mais de um terço da eletricidade do país, alcançando 34% (19 TWh). O recorde ocorreu em um momento de baixa produção hidrelétrica, que caiu para 27 TWh, o menor nível em quatro anos. Mesmo assim, as hidrelétricas permaneceram como a principal fonte de energia, com 48% de participação. Já as fontes fósseis, principalmente carvão e gás natural, representaram 14% do total.

Nos últimos anos, a expansão das energias renováveis tem sido expressiva: em 2024, a geração eólica e solar já somava 24% da matriz elétrica brasileira, mais que o dobro de 2019. A energia solar foi a que mais cresceu, passando de 1,1% em 2019 para 9,6% em 2024, enquanto a eólica quase dobrou sua participação, chegando a 15%. Esse avanço fortalece a posição do Brasil como líder global em energia limpa, com uma matriz capaz de combinar hidrelétricas, eólicas e solares de forma complementar, garantindo maior resiliência em períodos de seca.
Apesar dos avanços, o relatório alerta para desafios no setor solar, que desacelerou em 2025 com a instalação de 7,1 GW no primeiro semestre, contra 9,9 GW no mesmo período de 2024. Problemas como congestionamentos na rede de distribuição, incertezas regulatórias e a redução de incentivos têm pressionado o mercado. Ainda assim, especialistas destacam que a diversificação da matriz brasileira pode reduzir a dependência de importações de combustíveis fósseis e preparar o país para novos investimentos, como na produção de hidrogênio verde.








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