Preço nas alturas do azeite, café e cacau foi culpa do clima extremo, mostra estudo que avaliou produtos em 18 países
- Tempo de Aprender em Clima de Ensinar

- 23 de jul.
- 2 min de leitura
Levantamento global mostra que secas, chuvas e ondas de calor dispararam os valores de alimentos entre 2022 e 2024, pressionando o custo de vida e ameaçando a segurança alimentar
Fonte: Redação do Um Só Planeta
Um estudo internacional revelou que a crise climática, impulsionada pela queima de combustíveis fósseis, já impacta diretamente os preços e a disponibilidade de alimentos básicos no mundo todo. Entre 2022 e 2024, secas severas, chuvas intensas e ondas de calor – todas exacerbadas pelas mudanças climáticas – causaram aumentos expressivos nos preços de 16 produtos da cesta básica em 18 países. Os efeitos variaram de aumentos de 22% no preço da batata no Reino Unido a elevações de até 280% no cacau global, além de fortes impactos sobre arroz, café, azeite, frutas e vegetais.

Entre os exemplos mais alarmantes estão o salto de 80% nos preços de vegetais nos EUA após uma seca extrema, a alta de 100% no café Robusta após ondas de calor na Ásia e o encarecimento do arroz em quase 50% no Japão após o verão mais quente já registrado no país. O estudo também observou que países como Etiópia, Índia, Paquistão e México enfrentaram crises alimentares associadas a eventos climáticos extremos que se tornaram mais prováveis e intensos por causa do aquecimento global.
Os pesquisadores alertam que os impactos não são apenas econômicos, mas também de saúde pública. Quando os preços aumentam, famílias de baixa renda tendem a reduzir o consumo de alimentos nutritivos, o que pode causar desnutrição e agravar doenças como diabetes, problemas cardíacos e até câncer. Segundo os autores, a tendência é que os eventos extremos se intensifiquem até que o mundo atinja emissões líquidas zero. O recado é claro: a crise climática já chegou à mesa das famílias — e os mais pobres sentem primeiro e mais forte.








Comentários