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Qual o papel das mudanças climáticas no clima extremo?

  • Foto do escritor: Tempo de Aprender em Clima de Ensinar
    Tempo de Aprender em Clima de Ensinar
  • 23 de jul.
  • 2 min de leitura

A Europa sofreu recentemente uma forte onda de calor, enquanto a América do Sul registrou temperaturas mínimas recordes. Até que ponto o aquecimento global impulsiona esses eventos?


Fonte: DW


No fim de junho e início de julho de 2024, extremos climáticos atingiram simultaneamente diferentes partes do planeta. A Europa enfrentou uma intensa onda de calor, com temperaturas acima dos 40 °C, fechamento de escolas, restrições a atividades ao ar livre e aumento de incêndios florestais. Enquanto isso, países do Cone Sul, como Argentina, Chile e Uruguai, viveram uma onda de frio polar incomum, com temperaturas até 15 °C abaixo da média e registros históricos de frio, como neve no Deserto do Atacama. Especialistas apontam que eventos tão extremos podem estar ligados às mudanças climáticas, embora os mecanismos ainda estejam em debate.


Imagem de IA - Freepik
Imagem de IA - Freepik

A “cúpula de calor” que afetou a Europa — um sistema de alta pressão que aprisiona o ar quente — foi apontada como intensificada pelas mudanças climáticas. Estudos estimam que o aquecimento global elevou as temperaturas em até 4 °C durante a onda de calor, triplicando as mortes relacionadas ao calor em cidades europeias. Apesar de seus efeitos muitas vezes invisíveis, as ondas de calor são silenciosamente letais, dificultando a recuperação do corpo humano, especialmente em “noites tropicais”. Especialistas alertam que esse tipo de evento tende a se tornar mais comum e mais extremo nas próximas décadas.


Além do calor e do frio, outros fenômenos climáticos extremos, como inundações e tempestades, também estão se intensificando. No Texas, por exemplo, chuvas intensas já causaram dezenas de mortes, e estudos indicam que a precipitação extrema pode aumentar significativamente nas próximas décadas. Cientistas reforçam que esses eventos não representam um "novo normal", mas sim uma tendência de agravamento que continuará enquanto não forem eliminadas as emissões de gases de efeito estufa. A falta de ação diante dessa realidade é motivo de preocupação entre climatologistas, que veem a sociedade despreparada diante da escalada dos riscos climáticos.


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O projeto Tempo de Aprender em Clima de Ensinar foi criado pela equipe do Laboratório de Meteorologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (LAMET/UENF), com o intuito de discutir com alunos e professores de escolas públicas as diferenças entre os conceitos de “tempo” e “clima” através de avaliações e estudos das características da atmosfera.

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