A seca que o Brasil enfrenta em 2024 continua sendo uma preocupação crescente, com impactos graves em várias regiões, especialmente no Mato Grosso, Acre e Amazonas.
Mesmo com uma leve melhora em algumas áreas em agosto, cerca de 200 municípios permanecem em situação de seca extrema, afetando severamente o abastecimento de água e a vida rural. Estados como São Paulo, Minas Gerais, e Mato Grosso estão entre os mais atingidos. Áreas indígenas também enfrentam condições alarmantes, com 45 territórios sofrendo com a escassez de água, um aumento em relação ao mês anterior.
O Índice Integrado de Seca (IIS3) do Cemaden monitora a severidade da seca com base em dados de chuva, umidade do solo e saúde das plantas. As previsões indicam que a situação pode se agravar em setembro, especialmente em regiões como Amazonas, Mato Grosso e Goiás, enquanto a bacia do Rio Paraná continua em seca severa.
A seca tem causado um impacto significativo na agricultura, com 963 municípios sofrendo grandes perdas em áreas agroprodutivas, especialmente nas pastagens, o que pode elevar os preços dos alimentos. Além disso, a conta de luz ficará mais cara em setembro, com a bandeira tarifária vermelha nível 2 sendo acionada devido à baixa produção das hidrelétricas e a necessidade de usar usinas termelétricas, que são mais custosas.
Apesar da chegada da primavera, a previsão não traz alívio imediato, já que o tempo seco continuará dominando grande parte de setembro, agravando ainda mais os reservatórios de água, que já estão em níveis críticos. A sexta onda de calor de 2024 e a escassez de chuvas prolongam a crise hídrica e aumentam as preocupações sobre racionamento de água e energia em algumas regiões do país.
Comments